Eu sei ficar calado,
Mas a sua boca chama a minha ao ato:
Então falo,
Pedindo também o seu beijo.
Tento ler o seu olhar
Mas, analfabeto,
Só o vejo.
E vejo:
Como às vezes me olha,
Como às vezes se esquiva,
E como às vezes...
sequer
olha.
E eu não entendo se é fúria ou se é
desejo.
E quando você não me vê
Ou por vezes se esquiva
Ou distante me olha,
Ouço você me dizendo:
Me decifra ou te devoro. Sem demora!
Mas você de fato não disse nada...
E eu acabo dando mil respostas à pergunta
nenhuma
E você me devora.
É...
Quando tudo não é dito, pode tudo ser
ouvido.
E eu, um doente dos olhos,
Imagino de tudo do que nada sei.
Não sei ficar calado...
Acontece de minha alma ser toda feita de
palavras.
Quando a alma é toda feita de palavras, mesmo o silêncio fala. Nunca compreendi ao certo se isto é bom... mas transmutar isto em arte certamente o é. :)
ResponderExcluirMuitas coisas nem são boas nem ruins. Muitas coisas apenas acontecem...
Excluir(Obrigado pelo comentário, querida, o melhor deste ano dos poucos que colocam por aqui!)