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Thomas C. Fedro - Lovers |
Nossa paisagem é toda ela
feita de curvas:
concavidades, convexidades, recuos,
saliências.
É uma paisagem para ser vista
com a língua.
E para uma língua que caça
um encaixe:
Teus lábios...
E provar o molhado, e sentir
o calor e saborear o que for...
Liso...
Áspero...
Liso...
Sem pressa...
Afinar os instrumentos...
Tirar música de um bom
dedilhado...
E correr todo o corpo,
Teclar,
Palmo a palmo, um de cada
vez
Então um traço, um arrasto,
...um arrrrrranhado.
Da música ao rumor, do rumor
ao suspiro, do suspiro aos choques.
Já não existe mais calma: há
pressa.
São voltas-revoltas, ventos-movimentos,
fragores-fulgores.
Sussurros, sibilos, estalos.
Soluços, bramidos, chiados.
Tremores.
E o horizonte se abre
Nuvens flutuam
Silêncio.
A paisagem curva do ato. Lindo cara!
ResponderExcluirValeu Philippe! esse era um texto antigo (de 2005 mais ou menos) que dei uma reformada geral. Foge um pouco ao estilo que venho trabalhando ultimamente (de uma escrita mais simples), mas nessa reedição busquei manter o estilo antigo dele, com palavras-síntese, símbolos mais carregados, mais metafórico... Esse estilo aí enjoei um pouco, mas salvei esse poema porque o tema dele é que nunca vai deixar de ser bom...
ExcluirO meu sorriso já disse por mim. Tá (muito) massa, cara!
ResponderExcluirValeu! =)
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