olha quanta força que eu faço
pra não me ver sozinho
um eterno estranho no ninho
vagando semialeatório pelo espaço
eu me desfaço, me dispo e me despeço
seminu, semicru, semiológico me despedaço
em ilogicidades
que se não fosse esse poço no peito
eu não as faria
mas foda-se
porque eu sei que de um jeito ou de outro
e de outras formas eu já fazia
foda-se porque eu carrego um Sol atrás dos olhos
iluminando muitas gravitações
vai ver o meu vagar não é tão à toa assim
e talvez tudo gire com algum sentido
e quem sabe tudo não passe
de só um perpétuo vai e vem
mas aí eu me pergunto se essa rota
tão torta
se é eu indo ou voltando
se esse caminho é um rumo
ao horizonte ou um beco sem saída
se é uma estrada no prumo
da ida ou da volta
só
sozinho e confuso
Nenhum comentário:
Postar um comentário