Mano me traz um alicate
Pra eu arrancar dos teus pés
As tuas unhas
E das mãos também
Uma a uma
Porque eu só quero
Filho da puta meu grande amigo
Te ver gritar por tudo que tu me fez aguentar contigo
Você riu, você gozou
Não só da minha
Mas de toda a nossa paz
Agora pega ali aquela pá
A tua cova te espera
E é você quem vai cavar
Aliás, vem cá, meu camarada
Pega ali antes um quilo de sal e três de cal
Porque a terra em cima dos teus restos
Não merece nascer nem flor nem grama
Nem nenhuma erva, seu parasita
A tua terra é desolada
Igualzinho tu deixou as nossas vidas
Terra arrasada, cheia de restos
Abre bem a boca
Quero ver teus dente
Range eles filho da puta
Aproveita bem que tu ainda tem
Porque daqui a pouco
Vem o martelo
Vem o papoco
Na tua cara de pau
Que eu vou escavar com um cinzel
E escrever na tua testa
Mil páginas
De todo o abuso que tu deu
Pode chorar
Que eu vou fazer você se afogar
Nas próprias lágrimas
É hoje
21 de abril é o meu feriado nacional
E você é o meu paciente
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