23 abril 2022

Nem quimeras, nem atalhos

Eu não pego atalho
Pode, eu deixo, tu me chamar de otário
Eu posso até me cansar mais
Mas não tenho nada a esconder
Muito diferente do que tu faz

Então quem é o otário aqui, filho da puta?
O otário é você!
Vai se fuder!
Eu te calo com meu papo reto
Eu papoco esse teu papo cheio
Com palavras simples que tu não conhece
Mas todo mundo sabe

O teu papo é torto
Entulhado de parêntese
Prolixo, cheio de vírgula
Só frases numa ordem inversa indecente
Pra que isso? Pra que esse monte de palavra empolada
Que mesmo espremendo muito ainda não diz nada

Tua fala é uma língua de quimera
Só pra deixar a molecada nova toda encantada
Mas é um monte de merda que não me assusta
Porque tua quimera complicada é só um conto de fada

Eu te detono e é com a verdade
E da mais cáustica
Tu não sabe o tamanho da minha força de vontade
Eu não pego atalho
Eu acredito é no trabalho
E eu não paro
Posso até parar um momentinho
Pra respirar
Pra recomeçar
Mas dos teus atalhos
Ô filha da puta
Eu não me valho

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